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As emoções na criança com PEA

Perturbação do Espetro Autista (PEA)


A criança com uma Perturbação do Espetro Autista (PEA) pode apresentar uma incapacidade nas relações sociais recíprocas, na comunicação social e na imaginação que se vai configurando de forma diferente de indivíduo para indivíduo e alterando-se ao longo da vida.

Ao nível da interação social, a criança com PEA tende a alhear-se do grupo e mostrar alguma indiferença, centrando o seu interesse mais em objetos do que em pessoas. Outros, porém, tentam a integração positiva no grupo mas têm alguma dificuldade porque cometem erros de decifração e de reação a diferentes situações sociais.

As alterações de comunicação podem apresentar-se em diferentes níveis e intensidades. Existem crianças com PEA que apresentam um ligeiro atraso no prolongamento de frases, inversão de pronomes e alguma dificuldade na adequação do tempo verbal e outras em que não existe comunicação ou que recorrem à comunicação espontânea apenas para satisfazer os seus interesses. Contudo, na generalidade apresentam dificuldades ao nível da pragmática; isto é, em compreender a linguagem como um instrumento central na transmissão de informação social e emocional com o outro.

A incapacidade ao nível da imaginação afeta a capacidade da criança brincar, ao faz de conta e à dramatização. Por sua vez, estas dificuldades conduzem a dificuldades na resolução de problemas, na convivência com o grupo/outro e de elaborar as reações, sentimentos e pensamentos dos outros.

A identificação e reconhecimento das reações dos outros é um alicerce fundamental para uma interação social adequada, desta forma torna-se fundamental criar oportunidades que podem ser facilmente realizadas nos contextos e que ajudam a criança a treinar a identificação e reconhecimento da emoção.


De seguida deixamos algumas atividades:

Objetivo: Ajudar a criança a identificar as emoções (inicialmente as mais básicas, alegria, tristeza, medo e raiva…), ensinando o seu nome e explicando em que consiste cada uma delas.

Atividade: Pode usar bolas de emoções (“smiles”) e incentivar a criança a fazer a mesma expressão que encontra na bola das emoções. De seguida, pode retirar uma fotografia e colocar num local disponível para que quando a criança apresente a emoção (especialmente no caso de ser desagradável) o adulto a reoriente para a imagem. Desta forma a criança vai começando a identificar paulatinamente a sua emoção.

Verbalizar os estados emocionais da criança ao longo do dia pode também ser uma estratégia muito importante para ajudar a criança a regular-se (exemplo, “João eu percebi que estás com tédio, porque querias comer”).


Objetivo:  Verbalizar as emoções, dramatizando-as de um modo exagerado;

Atividade: Teatro de fantoches em que o adulto e a criança podem ser as várias personagens (referente a emoções diferentes). À medida que a história avança, deve dialogar-se com a criança sobre o que os fantoches estão a sentir, imitando a emoção expressa em cada um deles.

Objetivo:  Ensinar a lidar com as emoções, especialmente as mais desagradáveis;

Estratégias: Depois de ajudar a criança a identificar a reação é importante explicitamente dar-lhe algumas estratégias para que consiga lidar, especialmente. com a raiva. Aqui vão algumas dicas que podem ser ensinadas à criança:

– Põe as mãos nos bolsos ou senta-te sobre as mãos. Isso vai ajudar-te a controlares-te.

– Pede um abraço – procura alguém de quem gostes e dá-lhe um abraço.

– Faz um punho com a mão e depois relaxa-o. Esta é uma forma da criança libertar alguma tensão.


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